Em 2016 foi apresentado um artigo científico, de autoria de Médicos Cubanos atuantes na Policlínica da Universidade Héroes del Moncada. Matanzas, no Hospital Universitário Julio Aristegui Villamil. Matanzas e na Policlínica da Universidade José Antonio Echeverría, sobre o suo das Essências Florais de Bach no Tratamento de 2 crianças com Vitiligo. (Rev. Med.Electron. vol.38 no.1 Matanzas jan.-fev. 2016).
Os pacientes estudados foram: RLT de 6 anos, do sexo masculino, preto, remetidos por lesões em placas maculocrômicas, com 2 cm de diâmetro, distribuídos na nuca e região lateral esquerda do pescoço; o outro paciente do OJTS, 13 anos, do sexo masculino, preto, que foi encaminhado por apresentar lesões em placas maculoacromáticas, bordas precisas de 1 a 2 cm, em diâmetro localizado na região frontal e bochecha esquerda.
Foram realizados interrogatório, exame clínico geral por dermatologista e pediatra. Após consentimento informado, foi indicado o tratamento com essências forais de Bach e subsequente acompanhamento. Ambas as crianças são assintomáticas há 5 anos.
O vitiligo, uma doença tão antiga quanto a própria civilização, foi observado em 1.500 AC como manchas em qualquer parte do corpo, com predileção por orifícios naturais; modernamente, outros autores sugerem que é uma perda de melanócitos cutâneos, causando áreas despigmentadas da pele.
Trata-se de uma dermatose de etiologia multifatorial, na qual intervêm diferentes mecanismos, como: autotoxicidade devido à produção excessiva de radicais fenol, derivada da oxidação da dopa quinona, baixa ingestão de antioxidantes e fenilalanina, mecanismos autoimunes, em teoria. neurotóxico, diabetes mellitus e, mais recentemente, devido ao estresse, onde as emoções desempenham um papel importante. Existem outras associações com a doença, como: tumor infundibular, alopecia, psoríase e pênfigo.
Em um estudo realizado por cientistas chilenos em 2008, eles descobriram que crianças com vitiligo tinham medo de estranhos, abstinência, mudanças emocionais na figura do apego, por isso avaliaram o valor das emoções nesses pacientes.
Globalmente, o comportamento desta doença é de 0,1% a 2%, afetando ambos os sexos, causando um forte impacto na qualidade de vida da população.
Inúmeros tratamentos têm sido utilizados: esteróides tópicos, psoralenos orais e tópicos, contraindicados em crianças menores de 12 anos, e transplantes de células epidérmicas.
Nos últimos tempos, existem novos tratamentos, como as essências florais de Bach, que tratam o paciente de forma holística integrativa, no corpo e na mente, de modo que os autores do trabalho consideram o objetivo do mesmo expor a eficácia das essências flores de Bach no tratamento do vitiligo.
Paciente 1: 6 anos de idade, sexo masculino, preto, escola, pertencente à área de saúde da Policlínica de Ensino José Antonio Echeverría, procurou atendimento médico por apresentar ansiedade, hiperatividade, enurese e manchas acentuadas o pescoço, foi encaminhado ao dermatologista para avaliação. História patológica familiar: avô materno diabético, com cabelos grisalhos desde os 9 anos. História patológica pessoal: bronquite asmática e atualmente rejeição escolar, alegando que é motivo de zombaria e maus-tratos em sua escola.
Em consulta dermatológica ao exame físico, apresentou máculas acrômicas de 2 cm de diâmetro, na região posterior e lateral esquerda do pescoço, com bordas mais pigmentadas, e foi diagnosticado clinicamente como vitiligo.
Com o consentimento informado da mãe, a criança recebeu tratamento oral e tópico com essências florais de Bach, sendo realizada uma consulta mensal. Evolução bem sucedida: após um mês houve re-pigmentação das máculas, a criança foi avaliada mensalmente por 6 meses, posteriormente a cada seis meses por um ano e depois anualmente por cinco anos.
Paciente 2: 13 anos, sexo masculino, preto, escola, pertencente à área de saúde da Policlínica Piti Fajardo, a mãe e a avó paterna relatam, às vezes, a criança é lenta nas reações e às vezes ansiosa. História patológica familiar: avô paterno diabético, com cabelos grisalhos precoces e primo paterno com vitiligo. História patológica pessoal: bronquite e ansiedade moderada. No exame físico geral, o pediatra detectou um ligeiro aumento no volume da tireoide, palpando o lobo esquerdo, exames posteriores descartaram problemas endocrinológicos.
Foi encaminhado ao dermatologista, que ao exame físico detecta máculas acrômicas, com bordas mais pigmentadas, 3 cm na região frontal esquerda e bochecha direita, é diagnosticado clinicamente como vitiligo.
Com o consentimento informado prévio da mãe, o tratamento oral e tópico com essências florais de Bach e foi acompanhado em consulta mensal por 6 meses. Evoluiu satisfatoriamente, depois de um mês houve re-pigmentação das máculas e a ansiedade e a lentidão desapareceram. Posteriormente, a criança foi avaliada mensalmente por 6 meses, posteriormente a cada seis meses por um ano e depois anualmente por cinco anos.
Indicação terapêutica: 4 gotas 4 vezes ao dia, com intervalo a cada 2 horas, sublingual; cremes ou unguentos contendo essências florais, para aplicação 2 vezes ao dia nas lesões.
Do ponto de vista clínico e evolutivo, ambos os pacientes, um mês após o tratamento, re-pigmentaram as lesões, são assintomáticos há mais de cinco anos. Dada a evolução satisfatória em ambas as crianças, devido à administração tópica e oral das essências florais de Bach, considera-se que a eficácia do tratamento utilizado foi boa, motivo pelo qual mais estudos devem ser realizados para que seja avaliado. como outra opção terapêutica.